sábado, 30 de janeiro de 2010

sábado, 23 de janeiro de 2010

INVOLUIDO

Não é o que eu quero
O que eu falo
Ou o que eu digo
Que te vai fazer entender
O espaço
O tempo
Ou a realidade que eu vivo
Persisto botar a cabeça
No ar
No sonho
Ou nas nuvens dos livros
O que sobra em minha volta
É a inteligência
E a interferência
Dos sentidos do que é dito
Nos reality shows
Ou isto
Ou aquilo
involuído
Doe-me na alma todos os dias
Viver esta antipoesia.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

ANTIPOESIA

.

Eu quero falar de alegria
Fantasias, carnavais
Do brilho da lua, da luz do dia
Dos maravilhosos recursos naturais

Mas
Merinha

Traz antiácido pra minha poesia
Porque um terremoto abalou o Haiti
Um bocado de terra matou o meu dia
Cidades inundadas bem perto daqui

Não há poema que suporta essa poesia
Pessoas morrendo e o mundo com azia
Parece que o que reina é a antipoesia



Um poema de Romário Nogueira

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

PERGUNTAS

Qual mistério que me segura
Preciso saber o que ainda não sei
Que destino tem as tais figuras
Miseráveis, ricos, plebe e burguês

Eu vou levando a vida de viés
Fazendo perguntas sem respostas
Acreditando no fim desse revés
Das sobras que me são impostas

Um triste computar sonhos e versos
Se de concreto só a ilusão me resta
De que sou estatística no universo

Sou capaz de entender. Me diga agora
Será que a vida é apenas grande festa
Que no fim de tudo só resta ir embora?

Um poema de Romário Nogueira